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Mostrando postagens de novembro, 2017

Quando o simples é magnífico! À minha irmã Rosangela Birchler.

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Quando o simples é magnífico, quando o quebrado tem conserto e o aparentemente inútil pode ser reaproveitado. Quando o impossível é a última opção, quando o pouco está bom demais, quando o que é meu pode ser nosso, quando a aventura é mais interessante que o medo e “perder tempo” é um ganho imensurável. Quando pensar nos outros é sempre urgência, quando sorrir é bem melhor que chorar, quando em lugar de dizer que se ressentiu é melhor dizer que está tudo bem. E quando até a cadeira do dentista se transforma em uma poltrona de cinema? Navegar pelas águas do Rio Negro é missão, justiça e paz merecem todo nosso empenho, insistir é melhor que desistir. E quando a vida é breve demais, não há tempo para desperdiçar... Existem muitas maneiras de lembrar uma pessoa querida que se vai. Não para revelar tardiamente ao mundo quem ela foi e se afogar nas lágrimas da saudade do não vivido, mas para permitir que o coração guarde para a eternidade o que os olhos testemunharam e para que a vida c

Os labirintos do eu Narciso

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Nos labirintos de nosso eu, todos nós temos uma dimensão inconsciente que quanto mais a fizermos conscientes, melhor viveremos. No entanto, há, segundo a psicanálise, uma dimensão do inconsciente que não podemos acessar. Nela se esconde o que Freud denominou marcas da memória. As chamadas marcas da memória são, muitas vezes, responsáveis pelo hábito que algumas pessoas podem desenvolver de culpar os outros pelo mal que lhes acontece ou pela infelicidade que elas cultivam. As marcas da memória só podem ser conhecidas quando acessadas; quando isso acontece, é possível saná-las e, certamente, viver bem melhor. As cargas pesadas de nossa história podem fazer a vida insuportável para nós e para quem vive ao nosso redor. Passamos a nos incomodar com o sucesso, o afeto e a alegria que as pessoas dão às outras. A dor que esta realidade provoca em nós pode nos levar a querer até mesmo destruir o outro, porque a felicidade e o bem-estar deles ou delas tocam feridas que doem, mesmo que não c